5 mulheres que marcaram seu nome na história da medicina
No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional das Mulheres, e nada melhor do que lembrarmos grandes nomes de mulheres na medicina.
Essa data parece apenas um dia de homenagens, mas sua história remete ao início do século XX, quando muitas mulheres foram às ruas para reivindicar igualdade de gêneros e obtenção de direitos civis.
A luta feminina é constante e até hoje muitos grupos lutam contra alguns padrões antiquados, como a disparidade salarial e o machismo. Na área médica, não foram poucas as mulheres que escreveram seu nome na história.
Alguns dos maiores nomes da medicina são do sexo feminino, e nesta data especial, nada mais natural do que reunir alguns grandes exemplos de mulheres que mudaram a trajetória da medicina graças aos seus esforços e conhecimentos!
Elizabeth Blackwell
Nascida na Inglaterra, Elizabeth foi criada por pais bastante liberais para a época, sendo que uma das suas principais crenças era de que não havia sentido na discriminação de gênero.
Apoiada no ideal de sua família e nas suas próprias convicções, Elizabeth se tornou a primeira médica a atuar nos Estados Unidos. Além dela, sua irmã Emily também se formou, tornando-se a terceira médica a atuar nos EUA.
O currículo das irmãs Blackwell é incrível. Elizabeth foi a primeira mulher a obter doutorado na América. As duas ainda trabalharam juntas em Paris e retornaram para os Estados Unidos para criar uma escola de enfermagem.
Em 1986 elas fundaram a Universidade Médica da Mulher. Já no final de sua vida, Elizabeth retornou para o Reino Unido onde se dedicou a dar aulas de ginecologia até se aposentar.
Florence Nightingale
Florence é quase uma padroeira da enfermagem. Ela foi pioneira no tratamento aos feridos de guerra durante a Guerra da Crimeia (1853-1856). Durante esse período, ela ficou conhecida como a Dama da Lâmpada por usar uma lamparina como instrumente para auxiliar seu trabalho a noite.
Filha de uma família rica, Florence foi aluna do conceituado King’s College, onde, anos mais tarde, criou a primeira escola secular de enfermagem do mundo.
Seu trabalho foi mundialmente reconhecido, porém, ela enfrentou muito preconceito em uma época em que a enfermagem era uma atividade reprovada para mulheres. Sua importância no meio é tão grande que o dia mundial da Enfermagem é comemorado na sua data de nascimento.
Marie Curie
Talvez o nome mais conhecido dessa lista seja o de Marie Curie. Ela foi uma das primeiras pessoas da comunidade científica a conduzir experimentos radioativos.
Ela desenvolveu a teoria da radioatividade, a técnica de isolamento de isótopos radioativos e a aplicação deles. É creditado a ela também a descoberta dos elementos químicos Polônio e Rádio.
Marie Curie foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Nobel em 1911 e também foi responsável pela criação dos Institutos Curie em Paris e Varsóvia (Polônia). Até hoje ambos os institutos são referências mundiais em medicina.
Gerty Cori
Junto com seu marido Carl, Gerty foi a primeira mulher a ganhar o Nobel de Medicina. O prêmio teve como principal motivação seus estudos relacionados à diabetes.
Judia nascida na República Tcheca, Gerty Cori serviu o Império Austro-Húngaro durante a Primeira Guerra Mundial. Porém, se viu obrigada a deixar o país em 1922 devido à crise de antissemitismo que assolava a Europa.
Foi nos Estados Unidos que o casal Cori pode desenvolver seu trabalho e dar origem ao ciclo de Cori, que foi o principal motivo da conquista do Nobel.
Zilda Arns
Médica e Sanitarista brasileira. Zilda Arns foi fundadora da Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa.
Formada em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1959, Zilda atuou de forma ativa na saúde pública, pediatria e sanitarismo. Seu principal objetivo sempre foi salvar a população carente de problemas como mortalidade infantil, desnutrição e violência familiar.
Seu trabalho rendeu uma indicação à diretoria de Saúde Materno-Infantil da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Ela também coordenou campanhas estaduais de vacinação e em 1983 foi convidada pela CNBB para dirigir a Pastoral da Criança. Seu belo trabalho teve repercussão mundial e fez dela um símbolo.
Zilda faleceu enquanto fazia uma missão humanitária no Haiti, onde estava implantando a Pastoral da Criança. Ela foi uma das mais de 100 vítimas do terremoto que atingiu o país em 2010.
Mulheres na medicina
As mulheres têm uma história riquíssima na medicina, porém, ainda existem muitas discrepâncias. Segundo um levantamento feito nos Estados Unidos, as médicas ganham até U$ 20 mil dólares a menos que seus colegas homens em um ano.
Em seu estudo chamado Demografia da Medicina no Brasil (2015) a USP revelou o processo de “feminização” da profissão. Algo que está ocorrendo graças à entrada de cada vez mais mulheres na medicina.
Desde 2010, mais da metade dos novos médicos são mulheres, porém, elas também enfrentam a disparidade salarial e o preconceito. Podemos concluir que a desigualdade e o preconceito, começam a diminuir devido a garra e a força das mulheres no meio da saúde.
O que precisamos entender é que o que basta é a dedicação e o amor que a pessoa dá a sua carreira, seja ela, de qual sexo, cor, religião ela for. Ter autoconfiança é o primeiro passo para a realização do sonho de se tornar um médico especialista.
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