Residência Médica fora do país: EUA x Brasil [Pontos Divergentes]
Visto que fazer Residência Médica fora do país é o plano de muitos médicos, e que os EUA é uma das opções favoritas dos candidatos.
Sendo assim, trouxemos aqui alguns pontos divergentes entre a residência médica no Brasil x EUA. Fazer residência médica no EUA pode ser encarado como um sonho a muitos médicos brasileiros.
Mas, embora difícil, não é impossível alcançar esse objetivo.
No entanto, o processo seletivo é muito distante do trabalhado aqui no Brasil. Não é só na questão da concorrência, mas a forma como funciona esse processo de seleção.
De forma que, a tarefa de se especializar fora do país pode ser árdua. Além de cara e requerer ainda mais determinação do que seria necessária para os programas brasileiros.
Até mesmo para estudar no país é complicado.
Os Estados Unidos têm uma política bastante restrita e preferem dar chances aos americanos, do que para os estrangeiros, o que não é errado. Se para quem mora lá já é complicado conseguir uma bolsa, imagina para quem vem de outro país?
Da mesma forma que ocorre por aqui, o processo de seleção americana tem seu passo a passo e é nisso que ele mais se diverge do nosso país.
Continue lendo esse artigo e saiba tudo sobre a residência médica nos EUA.
O INÍCIO PARA SELEÇÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA
Se por aqui, o processo de seleção é feito em uma única prova, fazer residência médica fora do país é bem diferente. Primeiramente, estamos falando de um estudante estrangeiro, o que implica na revalidação de seu diploma.
Aqui nós trabalhamos com o Revalida, lá eles têm o chamado USMLE (United States Medical License Examination). Esse processo nada mais é que as provas que os estudantes americanos participam durante a faculdade, que servem basicamente para a validação dos diplomas.
Embora não tenha ligação direta a residência para os americanos, para nós ele é essencial. A USMLE também é conhecida por Steps (passos, em inglês), visto que ela é constituída por algumas etapas, por isso o nome.
O exame trabalha como uma forma padrão de avaliação das notas dos candidatos, o que independe da faculdade que ele se graduou. É como se fosse o nosso Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
[STEPS] FASES DE RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA
Igualmente, esse é o nome dado as fases da USMLE, basicamente quatro provas que compõem todo o processo para a validação do diploma.
▷ O step 1 – cobra do candidato conhecimento sobre ciências básicas, em uma prova teórica.
▷O step 2 – CK (clinical knowledge) também é uma prova teórica, que foca no conhecimento clinico daquele candidato voltado ao diagnóstico e prevenção.
Há ainda um segundo step 2, chamado de clinical skills (CS). Nele é feita uma prova prática, a única de todo o processo.
Nessa etapa, o candidato precisa avaliar pacientes “reais” e emitir notas sobre seu quadro clinico, apontando também o diagnóstico e uma forma de tratamento.
▷ O step 3 – Por fim, outra prova teórica de conhecimento clinico, mas com ênfase nas formas de tratamento.
Vale ressaltar que as três primeiras provas têm maior relevância a residência, no entanto o step 3 ainda é necessário para a validação do diploma.
NOTAS NOS STEPS DA RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA
Sendo assim, há quatro critérios que são avaliados pelos americanos para ingressar no programa de residência, diferente do processo brasileiro que é basicamente passar no concurso.
Ao passo que um desses critérios é a nota obtida em cada um dos steps, com exceção do quarto que é voltado apenas para conseguir revalidar o diploma. Em conformidade, a nota mais importante é do step 1, mas você deve pensar que todas têm relevância para se tornar um residente.
Após o registro, você pode conferir as notas e ver como foi seu desempenho, visto que ele será avaliado para ingressar no programa.
CARTA DE RECOMENDAÇÃO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA
Uma das diferenças entre o programa americana e o brasileiro é:
Lá eles pedem ao candidato para apresentar uma carta de recomendação, sendo um dos quatro critérios de avaliação para residência médica nos EUA.
Em contrapartida, por aqui podemos associar isso a análise de currículo. Onde são avaliados a instituição de graduação e os locais onde aquele candidato atuou como generalista. As cartas são conhecidas como LOR (letter of recommendation) e tem um peso alto na avaliação.
Geralmente elas são conquistadas durantes estágios feitos nos Estados Unidos, que podem ser feitos durante ou depois de graduado. No entanto, não é uma tarefa fácil conseguir uma LOR, até porque é uma característica muito presente dos médicos americanos serem criteriosos.
Caso um deles não goste do seu trabalho, postura e se não tiver tido algum convívio profissional com você, dificilmente farão a carta.
Você também não pode utilizar cartas redigidas por médicos brasileiros, porque elas têm pouco peso no processo. É permitido, mas não vai ser positivo quanto de um médico de lá.
Há a exceção dos profissionais brasileiros atuantes nos EUA, que neste caso tem um peso maior.
PUBLICAÇÕES
Esse é outro critério trabalhado nos programas de residência médica fora do país, mais especificamente nos EUA
Para o processo brasileiro ter uma publicação também pode ser relevante ao seu currículo.
Mas no geral não é algo obrigatório como é nos Estados Unidos. Em outras palavras, quando falamos sobre publicações, nos referimos a itens como:
Pôsteres em congressos a artigos, tanto em revistas ou jornais com prestigio internacional. Salvo que, se for americana vale mais pontos, dependendo do caso.
Participações em livros, mesmo que seja um único capitulo, também contam. Os americanos prestigiam muito mais a produção cientifica do que nós brasileiros.
Tanto que não existe uma obrigação de o médico ter algo do tipo em seu currículo para ser residente, embora seja algo significativo para apresentar a banca. Alguns candidatos, inclusive, têm muitas publicações no currículo, o que para o programa americano é algo excelente.
Esse tipo de publicação pode ser no território brasileiro, também irá te ajudar no processo seletivo americano.
USCE
A sigla para United States Clinical Experiencie é um dos critérios mais confusos dos programas de seleção, voltados a residência médica nos EUA.
Trata-se basicamente dos estágios, que o profissional pode fazer durante a graduação, por exemplo.
Para quem quer ser residente nos EUA, a melhor opção é o estágio clerkship, que é o estágio realizado durante a formação.
Como o aluno acaba colocando em prática seus conhecimentos ainda na faculdade, ele acaba sendo mais valorizado do que os médicos já formados. Os estágios feitos após a graduação são chamados de observership e externship.
E mesmo não tendo um peso tão intenso quando o clerkship, também contam pontos. Podemos concluir que prestar residência médica fora do país pode ser bem mais trabalhoso.
Entretanto, é importante que o candidato pese os pós e os contras, visto que a residência médica traz um grande peso para o currículo médico.
Dessa forma, definir a instituição onde prestará a residência médica, é tão importante quanto definir sua especialidade. Em virtude de que eles ajudem você a tirar suas dúvidas à respeito da residência médica fora do país.
E se precisar de ajuda pode entrar em contato com a nossa equipe de especialistas, eles estão prontos para te ajudar.
Um forte abraço, até a próxima.
Assista também um vídeo sobre as 3 principais dificuldades da residência médica:
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