Residência médica em Medicina Esportiva trata saúde das pessoas!
A residência médica em medicina esportiva é cada vez mais comum a utilização de análises laboratoriais para, dessa forma, individualização das cargas de treino ou períodos de descanso com intuito de prevenir lesões musculares.
No entanto, as análises sanguíneas podem, portanto, fornecer diferentes informações sobre o estado geral de saúde do atleta, perfil nutricional, patologias inerentes à modalidade praticada e detecção de doping sanguíneo.
Porquanto, testes laboratoriais podem fornecer informações muito sensíveis e específicas a respeito do estado de saúde de um paciente ou atleta.
Logo, de 60 a 70% das decisões médicas que envolvem o diagnóstico, internação ou uso de medicação são, então, baseadas em resultados de exames.
Assim, quer saber mais sobre a residência médica em Medicina Esportiva? Continue lendo este artigo!
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O que é a residência médica em Medicina Esportiva?
A residência médica em Medicina Esportiva é a especialidade médica que, portanto, estuda como o exercício físico influencia na saúde das pessoas, sejam elas esportistas ou não, bem como a falta de exercício.
Dessa forma, outro aspecto estudado é a lesão, então, que pode ser provocada durante a realização de diversos tipos de atividades físicas.
Logo, o objetivo, portanto, é ter respaldo para encontrar as possíveis curas e tratamento de lesões causadas por exercícios.
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Atuação da residência médica em Medicina Esportiva
Se a pessoa apresentar alguma lesão e for necessária a realização de uma atividade adaptada, a Medicina Esportiva, portanto, possui a técnica para orientá-la, com o objetivo de diminuir o risco do surgimento de outras patologias, como por exemplo, a utilização da técnica de Crioterapia, que consiste em esfriar os tecidos, com o objetivo de estimular o efeito anti-inflamatórios e analgésico, por meio da vasoconstrição.
E mais…
Entretanto, também orienta pacientes com patologias como: problemas cardíacos, obesidade, soropositivos, diabéticos e asmáticos, sobre quais atividades praticar, intensidade do treino e avaliação antes do início, durante e após o exercício.
Assim, antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, é preciso avaliar, então, o desempenho do corpo, com uma avaliação física que medirá a capacidade de esforço do coração, circulação, metabolismo e a respiração, esta também é uma responsabilidade do profissional de Medicina Esportiva.
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Áreas de atuação:
A Medicina Esportiva é atualmente referência mundial devido ao apoio da Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS).
Portanto, no Brasil o órgão que promove a Medicina Esportiva é a Sociedade Brasileira do Exercício e do Esporte, criado em 1962.
No entanto, as áreas de estudo desta especialidade, então, são especificamente, tratamento de lesões; análise e orientação antes do início da atividade física; avaliação física completa e o diagnóstico do tipo ideal de esporte, para cada pessoa de acordo com o seu biótipo; recomendações sobre hábitos de vida e alimentação saudável; pesquisa e controle de novos métodos de treinamento esportivo.
Destaques na residência médica em Medicina Esportiva
Consequentemente, entre as diversas matérias da especialidade, pode-se destacar as nomenclaturas, Traumato-Ortopedia Desportiva, cujo tratamento se dá em lesões ósseas e musculares; a Cardiologia do Esporte, que avalia o metabolismo cardiovascular do praticante do exercício e a Medicina do Exercício, a qual estuda o funcionamento e a resposta do corpo as atividades realizadas, em mulheres, crianças e idosos.
A Medicina Esportiva também atua, então, na especialidade de Controle Anti-Doping, área está muito conhecida por profissionais do esporte de diversas modalidades, onde, portanto, se faz necessário a aplicação do teste em atletas escolhidos aleatoriamente, para detectar a presença ou não de alguma substância proibida.
Marcadores bioquímicos utilizados na Medicina Esportiva
Dessa forma, para a interpretação de exame laboratorial é preciso entender todo o processo que envolve a realização da análise laboratorial e seus principais interferentes. Podemos dividir o processo em três fases:
- Fase pré-analítica, a que antecede a realização do exame, responsável por quase 70% dos erros; compreende a preparação do paciente, coleta transporte e prepara do material a ser avaliado e principalmente a solicitação adequada do exame laboratorial.
- Fase analítica, momento o qual efetivamente a análise ocorre e com menor percentual de erro, cerca de 13%.
- Fase pós-analítica, o momento em que o resultado laboratorial vai gerar um laudo que será entregue ao paciente/atleta e chegará ao médico responsável, e tal etapa é responsável por cerca de 47% dos erros.
Assim, a atividade física de diferentes tipos e intensidades pode, então, modificar as concentrações sérias de muitos analitos, por isso, portanto, devemos conhecer e considerar estas variações.
Outros fatores intrínsecos como: idade, etnia, sexo, dieta, medicamentos podem exercer influência sobre resultados de marcadores bioquímicos.
Idade: valores de excreção urinária diminuem, portanto, com a progressão da idade, bem como os valores de testosterona, por exemplo; creatinina sérica aumenta constantemente da infância a puberdade, paralelamente ao desenvolvimento da musculatura esquelética.
Logo, nas mulheres durante a menopausa é esperado, portanto, a elevação da alanina aminotransferase, fosfatase alcalina, aspartato aminotransferase, ácido úrico e colesterol.
Gênero: a série vermelha em mulheres apresenta menores valores em relação aos homens, principalmente pela perda mensal de sangue durante a menstruação; a atividade plasmática da enzima creatina quinase e a concentração de creatinina é maior, portanto, em indivíduos do sexo masculino, em virtude da maior massa muscular.
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Etnia: número de leucócitos circulantes é menor nos afro-americanos, quando, portanto, comparados à outras etnias; indivíduos de origem hispânica, brancos e asiáticos apresentam menores valores para a atividade da enzima CK e lactato desidrogenase.
Dieta: é importante levar em consideração o fator dieta, pois, desse modo, dietas ricas em conteúdo proteico tendem, dessa forma, a aumentar de forma importante valores de ureia, amônia e ácido úrico; indivíduos desnutridos irão apresentar diminuição das proteínas plasmáticas.
Variação circadiana: a influência cronobiológica nos exames laboratoriais pode, então, ser de origem linear ou cíclica.
Desse modo, o ferro sérico pode variar em até 50% das 8h até 14h; alguns hormônios como cortisol e testosterona possuem, então, variação típica circadiana com concentrações mais elevadas no período matutino entre 7 e 9 horas, por exemplo; enzimas usadas na avaliação de atletas como CK, LDH, AST, ALT e GGT podem apresentar valores mais altos no período vespertino em relação ao matutino.
Parâmetros hematológicos podem, dessa maneira, variar de acordo com o período de treinamento, onde hematócrito e hemoglobina podem apresentar-se diminuídos em fases de treinamento mais exaustivos para a maior parte dos esportes.
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Ingestão de álcool: a ingestão do álcool pode cursar com efeitos agudos (2-4 hrs após), como, por exemplo, diminuição da glicose e aumento do lactato plasmático, pela inibição da gliconeogenese hepática; a ingestão de quantidades moderadas ao longo da semana pode acarretar em um aumento de mais de 20mg/dL na concentração de triglicerídeos; quando há a ingesta de forma crônica, pode acarretar no aumento das enzimas hepáticas.
Medicamentos: o uso de suplementos, fitoterápicos, drogas lícitas ou ilícitas pode, portanto, levar a uma alteração de exames laboratoriais seja in vivo ou in vitro.
Desse modo, como muitos atletas usam suplementos e principalmente anti-inflamatórios, estes, portanto, podem acarretar alteração nas enzimas hepáticas; vale lembrar também, que alguns medicamentos, contudo, quando administrados pela via intramuscular podem provocar alteração na musculatura esquelética e aumentar a atividade de CK e LDH.
Entretanto quando há o uso de suplementos a base de cafeínas pode, então, ter um aumento da glicose sanguínea, por provocar inibição da fosfodiesterase que é a responsável pela degradação do AMP cíclico.
Portanto, atente-se!
A depender do uso de fitoterápicos pode, portanto, ser provocado depleção de eletrólitos, alteração no coagulograma, por exemplo.
Desse modo, com isso podemos observar que levar em consideração em um público específico, todos os possíveis interferentes para a interpretação de exames bioquímicos pode, então, levar a uma melhor tomada de decisão e melhor compreensão do estado atual do atleta/paciente.
Por fim, é importante ressaltar que a Medicina Esportiva está diretamente ligada a Qualidade de Vida e saúde das pessoas.
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