Clínica Médica: a especialidade com o maior campo de trabalho!
Clínica Médica, no Brasil também conhecida como Medicina Interna, é a especialidade médica que trata de pacientes adultos, atuando principalmente em ambiente hospitalar.
Ela, portanto, inclui o estudo das doenças de adultos, não cirúrgicas, não obstétricas e não ginecológicas, sendo a especialidade médica a partir da qual se diferenciaram todas as outras áreas clínicas, como: Cardiologia, Reumatologia, Oncologia, Alergia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Hematologia, Nefrologia e Pneumologia.
Dessa forma, Continue lendo e entenda tudo sobre a Clínica Médica.
Leia também: Conheça sobre quais as especialidades médicas que você pode atuar!
O que é a Clínica Médica?
A Clínica Médica é, portanto, considerada uma das áreas bases da medicina, uma vez que engloba conteúdo das diversas especialidades clínicas.
Logo, esse é justamente um dos principais pontos de quem escolhe esta especialidade: você acaba sempre lendo e sabendo um pouco de tudo.
O ponto forte, são, portanto, os desafios diagnósticos: os pacientes se apresentam com um conjunto de sinais e sintomas e é o clínico o grande responsável pela investigação.
Contudo, um erro comum, principalmente daqueles afastados dos grandes hospitais e universidades, é se dedicar apenas a doenças de baixa complexidade e se tornar um grande encaminhador – hipertensão vai para o cardiologista, aumento de creatinina na nefro, tonteira no otorrino e assim por diante.
No entanto, é importante frisar que a Clínica Médica, como especialidade, engloba a atenção primária/atenção básica concentrada no nível ambulatorial, mas também a medicina interna, responsável pela visita dos pacientes internados.
Desse modo, a maior parte dos emergencistas são hoje clínicos.
Desse modo…
Assim, outra área importante de atuação são as ações preventivas individuais, orientando medidas saudáveis e realizando exames preventivos (check up).
No entanto, uma mudança recente na formação do clínico é que, apesar do conhecimento global da especialidade, a maioria dos clínicos novos tem procurado ter uma área na qual ele aprofundou a experiência e o conhecimento, em geral acompanhando um serviço especializado ou por mestrado e doutorado. Como exemplo, temos clínicos com maior atuação em hepatologia, hipertensão, colagenoses, entre outras.
Em relação à formação, a clínica médica está presente como conteúdo do ciclo profissional da graduação e é um dos rodízios obrigatórios no internato, com duração mínima de três meses.
Todo médico, portanto, que escolher uma especialidade clínica, com exceção de dermato e neuro, deverá realizar a residência de clínica médica (2 anos) antes do ingresso na especialidade.
Como é o dia a dia do clínico médico?
A rotina mais comum de um clínico é trabalhar, então, vinculado a um hospital pela manhã, fazer o consultório à tarde e dar algum plantão à noite.
Contudo, na enfermaria, é responsável em média por 6 a 8 pacientes, aos quais irá “passar visita” – anamnese + exame físico, realizar a prescrição e solicitar os exames pertinentes.
Assim…
Dessa forma, no ambulatório ou consultório, tradicionalmente tem consultas mais demoradas que as outras especialidades, pois acaba tendo que avaliar a saúde como um todo.
Por isso, muitos clínicos “fogem dos convênios” (onde o foco é atender muita gente em pouco tempo) e se dedicam à medicina privada, com consultas longas, sobre todos os aspectos de saúde da pessoa e sua família.
O plantão do clínico pode ser na emergência, “no andar” ou na terapia intensiva. Visitas a pacientes em casa é, portanto, bem comum na medicina privada – e gerou até o famoso “uber de médico”, no qual o paciente se cadastra no aplicativo e solicita o médico online que esteja mais prático. Por incrível que pareça, há quem goste!
Oportunidades de trabalho na Clínica Médica:
O clínico é hoje o profissional com maior campo de trabalho.
Assim, como é habilitado a atender grande diversidade de doenças – praticamente tudo de um adulto que não seja cirúrgico, há oportunidades na área pública e privada e nas mais diferentes instituições.
No entanto, durante a residência, o plantão de hospital é “a porta de entrada” no mercado de trabalho e as opções usuais são: emergência (pública e privada), andar (quase que exclusivamente em hospitais privados) e terapia intensiva.
Em suma, há, ainda, a opção da ambulância; aqui muitos “torcem o nariz”, pois há grande cansaço em passar o dia andando de carro, indo a vários locais diferentes, e encontrando situações por vezes, inesperada.
Outros, por sua vez, adoram a emoção de ser socorrista!
Portanto…
O emprego como “rotina”, isto é, o diarista que passa visita nos pacientes internados (“medicina interna”), é mais comum em hospitais privados – no serviço público o acesso para essa função costuma ser por concurso.
Desse modo, o ambulatório se concentra, então, em quatro áreas principais: consultório privado sem convênio, consultório com convênios, consultório com consulta a preço popular e ambulatório ligado a uma instituição pública.
Essas áreas de atuação que explicamos acima seriam, então, as “atividades fim da profissão”.
Por outro lado, o clínico também tem oportunidades como membro de uma equipe cuja função-fim seja outra área. Como exemplo, temos os serviços periciais nas instituições públicas, o médico em escolas e aqueles em empresas para pronto-atendimento – seja na área pública ou privada, entre outras.
Entretanto, para quem quiser ser servidor público, é a especialidade com mais vagas em concursos, já que suas ações podem ser em vários setores dos serviços de saúde. Além do serviço civil, os clínicos, portanto, são parte do corpo de saúde de bombeiros, polícia militar e forças armadas.
Número de especialistas e locais de referência:
Dessa forma, no momento, são cerca de 35 mil clínicos registrados pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Locais de referência: a Clínica Médica tem, dessa maneira, sua própria sociedade, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, e suas regionais.
Contudo, como é parte obrigatória na formação médica e uma das áreas base da medicina, todo hospital geral tem um serviço de clínica médica.
No entanto, os grandes centros de referência são as universidades públicas, que concentram os grandes professores e catedráticos da especialidade.
Especialidades correlacionadas:
A Clínica Médica se relaciona, então, com as demais especialidades no compartilhamento das doenças clínicas e também com o cirurgião geral, tanto no preparo do paciente para a cirurgia (incluindo o risco ciúrgico), como no acompanhamento de complicações clínicas pós-operatórias.
Portanto, isso é tão importante que duas universidades federais no Rio de Janeiro, a UFF e a UFRJ, dessa forma, possuem serviços vinculados à Clínica Médica cujo objetivo é o acompanhamento pré e pós-operatório.
Áreas de atuação na Clínica Médica:
Como explicado anteriormente, o clínico é, portanto, o responsável principal pelo atendimento de todas as doenças não cirúrgicas em adulto e pode participar como adjuvante no acompanhamento pré e pós-operatório.
No entanto, suas principais áreas de atuação são o ambulatório/consultório, os plantões e a medicina interna, tanto no serviço público como no privado.
Curiosidade sobre a Clínica Médica:
– Nos Estados Unidos, a diferença entre medicina interna, medicina de família e emergencista sempre foi clara, sendo inclusive especialidades diferentes.
Contudo, no Brasil, toda essa vivência fazia parte do conteúdo da residência de clínica médica.
Assim, apenas nos últimos 20 anos que cresceu o movimento do médico de família e, nos últimos 5 anos, do emergencista.
– É muito comum as pessoas acharem que todo médico que se forma é clínico. Mas na verdade clínica médica é uma especialidade com formação específica por residência ou pós-graduação.
Portanto, o tempo mínimo são 2 anos, sendo o terceiro ano opcional.
– Em 2002, a residência em Clínica Médica se tornou obrigatória como pré-requisito para realização de residência em outras especialidades médicas.
– Logo, a Clínica Médica, tal como a conceituamos hoje, nasceu na Ilha de Kós, na Grécia, com Hipócrates, há 2.500 anos. Foi ele o introdutor da anamnese como etapa inicial do exame médico.
Consequentemente, com ele nasceu, portanto, a observação clínica, compreendendo a história da doença que leva o doente a procurar o médico, e o exame físico do paciente em seus menores detalhes, em busca de dados para a elaboração do diagnóstico e do prognóstico.
Qual diferença de clinico geral e clinica medica?
Sem dúvida, essa é uma dúvida comum da população e que pode confundir até mesmo os profissionais da área na hora de definir sua especialidade médica.
Sendo assim, para responder essa dúvida, no Brasil, o especialista em Clínica Médica deve cumprir, além do curso de Medicina, dois anos de Residência médica em Clínica Médica.
Já o termo “clínico geral” está atrelado ao “generalista”, e não ao clínico em si, esse termo é utilizado para designar o médico sem especialização.
Em resumo, o clínico médico é o profissional com especialização em clínica médica, já o generalista, tem apenas o diploma em medicina.
Quer saber mais ou precisa de ajuda com sua aprovação na Residência Médica?