#BlackoutTuesday: Escute, leia e aprenda!
#Blackouttuesday, você ouviu falar?
Provavelmente, você já deve ter visto nas redes sociais vários artistas, influenciadores e marcas postando em suas redes sociais ou manifestando com a hastag #Blackouttuesday.
E o que quer dizer #Blackouttuesday?
O movimento #Blackouttuesday foi criado para dar mais visibilidade para quem realmente precisa de espaço nos nossos feed e tirar o foco de nós mesmos.
Diante do cenário em que estamos vendo de policiais matando negros, apenas pelo fato de serem negros, o momento é de comoção mundial para que todos entendam de uma vez por todas como o racismo está instalado em nossa sociedade.
E para contribuir, nós do Medcoach resolvemos trazer um post com várias informações sobre os negros na medicina e falar sobre o movimento #Blackouttuesday.
Afinal, neste momento não há nada melhor do que: se informar e propagar o bem!
Caso você queira ajudar e contribuir ainda mais com o Blackouttuesday, acesse o link!
Conheça a história de Ben Carson:
Ben Carso foi o primeiro neurocirurgião a conseguir separar gêmeos siameses que nasceram unidos pela cabeça, o ato foi tão memorável que rendeu um filme protagonizado por Cuba Gooding Jr. “Mãos Talentosas”.
Formado em psicologia em Yale e em medicina pela Universidade Michigan, tornou-se um neurocirurgião mundialmente conhecido após a cirurgia que realizou no ano de 1987.
Carson estudou durante 4 meses a fórmula para conseguir o feito com sucesso, pois era algo inédito até então. A cirurgia durou aproximadamente 22 horas e envolveu mais de 50 especialistas da medicina. A cirurgia foi concluída com sucesso.
Essa realização fez com que Ben Carso entrasse para a história da medicina, pois provou que era tecnicamente possível que os gêmeos unidos pela cabeça fossem separados e que ambos sobrevivessem. Além disso, ele também criou um plano para outros médicos seguirem no futuro.
E participou de outras quatro cirurgias semelhantes – dentre elas, uma cirurgia de gêmeos da Zâmbia em 1997, que deixou ambos os pacientes não apenas vivos, mas neurologicamente normais.
Foi também o primeiro médico a fazer cirurgia em um feto ainda na barriga para retirada de um tumor no tronco.
Atualmente Ben é Secretário do departamento de habitação e desenvolvimento urbano dos Estados Unidos.
BlackoutTuesday – Estudantes de medicina negros
O número de estudantes negros e pardos na educação superior está aumentando significativamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles são 50,3% dos 2,19 milhões de estudantes matriculados.
Outra análise, realizada pelo site Quero Bolsa, revela que os negros (pretos ou pardos) são 40% dos matriculados nas instituições públicas – sendo 8,9% pretos e 31% pardos. Os dados são do Censo da Educação Superior 2018 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Embora cheguem a resultados diferentes, os estudos mostram um avanço significativo da presença de negros no ensino superior público, em grande parte, por causa da Lei das Cotas de 2012, que reserva 50% das vagas das universidades federais para egressos da rede pública (onde os estudantes negros tendem a se concentrar).
Distribuição desigual
Apesar da boa notícia, as matrículas de pretos ou pardos não se distribuem igualmente entre os cursos. Dependendo da carreira e da concorrência no vestibular, o número de estudantes pretos ou pardos pode ser maior ou menor.
O levantamento do Quero Bolsa, plataforma que oferece bolsas de estudos, mostra que o curso de medicina é o que tem a menor proporção de estudantes negros (pretos ou pardos). A análise considera cursos de instituições públicas e privadas.
De acordo com o estudo, em 2018, 24,6% dos alunos de medicina eram negros contra 8,4% em 2010. O aumento é significativo (194%), mas é menor do que o verificado no ensino superior como um todo: de 276,7% (a taxa era de 9,5% em 2010 e passou para 35,7% em 2018) .
Em contrapartida, os cursos de licenciatura são os que mais incluem negros no ensino superior: Ciências Naturais (62%), Formação de Professores em Letras (49%), Química (49%), Matemática (48%), Física (48%) e Geografia (48%). Além da ampla oferta de vagas das licenciaturas, o menor custo das mensalidades nas instituições privadas e concorrência favorecem a presença de negros.
#Blackouttuesday – 6 Indicações de livros e filmes para você aprender mais sobre as questões de raça e classe:
O ódio que você semeia
Starr Carter é uma adolescente negra que presencia o assassinato de Khalil, seu melhor amigo, por um policial branco. Ela é forçada a testemunhar no tribunal por ser a única pessoa presente na cena do crime. Mesmo sofrendo uma série de chantagens, ela está disposta a dizer a verdade pela honra de seu amigo, custe o que custar.
Infiltrado na Klan
Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, consegue se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunica com os outros membros do grupo por meio de telefonemas e cartas, e quando precisava estar fisicamente presente, ele envia um outro policial branco em seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron fica próximo do líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.
Mulheres, raça e classe
Mais importante obra de Angela Davis, “Mulheres, raça e classe” traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe. A perspectiva adotada por Davis realça o mérito do livro: desloca olhares viciados sobre o tema em tela e atribui centralidade ao papel das mulheres negras na luta contra as explorações que se perpetuam no presente, reelaborando-se.
África: Colonialismo, genocídio e reparação
África: colonialismo, genocídio e reparação”, surgiu com o objetivo de ajudar os que lutam pela causa dos negros e negras a compreender ainda mais os processos de exploração e opressão ao qual estes foram e são submetidos. O livro se destaca a discutir o período colonial no continente africano, do tráfico de escravos e também do período pós colonial na África.
O genocídio do negro brasileiro
O conceito de “democracia racial” foi (e ainda é) um mantra do orgulho nacional. Daqueles que recusam a realidade. Uma das maiores referências na defesa dos direitos dos negros no Brasil, mesmo após sua morte, Abdias Nascimento sobrepõe testemunhos pessoais, reflexões, comentários e críticas, opondo o discurso oficial sobre a condição social e cultural do negro brasileiro à realidade, fazendo a desconstrução do que se convencionou chamar de “democracia racial”, cenário utópico e irreal no qual “pretos e brancos convivem harmoniosamente, desfrutando iguais oportunidades de existência, sem nenhuma interferência, nesse jogo de paridade social, das respectivas origens raciais ou étnicas.
O olho mais azul
Uma tentativa de dramatizar a opressão que o preconceito racial pode causar na mais vulnerável das criaturas: uma menina negra.Considerado um dos livros mais impactantes de Toni Morrison, o primeiro romance da autora conta a história de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Negligenciada pelos adultos e maltratada por outras crianças por conta da pele muito escura e do cabelo muito crespo, ela deseja mais do que tudo ter olhos azuis como os das mulheres brancas — e a paz que isso lhe traria. Mas, quando a vida de Pecola começa a desmoronar, ela precisa aprender a encarar seu corpo de outra forma.
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A MED Performance apoia o movimento movimento #Blackouttuesday e o nosso intuito é trazer informações importantes para que você se informe e propague o bem!
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