Medicina e Covid-19: como a pandemia impactou a rotina e saúde mental dos médicos
Médicos e estudantes de medicina foram os principais impactados pela pandemia da Covid-19, pois tiveram sua rotina e planos modificados, além da carga de atendimentos intensificadas devido ao novo cenário, com pacientes contaminados pelo vírus, médicos afastados e casos emergenciais relacionados a outras doenças.
Após um ano da Covid-19, muitos médicos tiveram a saúde mental abalada. Dados mostram que cerca de 83% vivenciaram alguma experiência emocional inesperada, neste período.
A pandemia trouxe muitos desafios para a rotina e saúde de quem está na linha de frente, mas também trouxe oportunidades de se reinventar com novas formas de trabalhar, de usar a tecnologia, de novos comportamentos e novas ferramentas que surgiram para contribuir com o dia a dia profissional.
Neste post, abordaremos mais sobre os impactos da Covid-19 e como os médicos podem driblar os desafios e aproveitar as oportunidades, minimizando os efeitos da pandemia e com foco no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
O cenário mudou!
Essa não é a primeira vez que um vírus desconhecido atinge o mundo. Tanto com a gripe russa (1889), quanto com a gripe espanhola (1918), mudanças radicais aconteceram e a sociedade teve de se adaptar a uma maneira nova de viver. Isso inclui formas de cuidados, alimentação, contato, trabalho, entre outros.
E não seria diferente no atual cenário. Nós tivemos que recolher os abraços e afetos físicos e cada vez mais nos cuidarmos e cuidarmos de quem está ao nosso redor.
Além das mudanças de convívio em sociedade, a Covid-19 também mudou a forma de trabalhar e muitos setores tiveram de se reinventar.
Na linha de frente da pandemia, médicos aprendem dia a dia a lidar com uma nova doença e todas as consequências que ela vem a ocasionar, sem falar nos cuidados que tiveram de ser redobrados, assim como as ferramentas de trabalho, que avançaram em uma velocidade tremenda.
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Como está a saúde mental dos médicos na pandemia?
Não é novidade que os cuidados e tarefas na rotina cresceram na pandemia e isso afetou a saúde mental dos médicos, principalmente os que estão na linha de frente do combate ao vírus.
Muitos médicos aumentaram suas cargas horárias de trabalho, outros ficaram longe de suas famílias, e a insegurança de um vírus novo gerou sintomas como ansiedade, estresse e insegurança.
De acordo com estudos feito pela PEBMED, 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de síndrome de Burnout enquanto atuavam no período da pandemia, sendo 79% desses profissionais, médicos.
Se você não sabe, Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Ainda de acordo com o estudo, a prevalência da doença é de 83% entre os médicos que trabalham na linha de frente no combate ao vírus e 71% dos médicos que não trabalham diretamente.
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A tecnologia a favor na rotina dos médicos na pandemia
Que a pandemia causou mudanças emocionais nos profissionais da saúde não é mais novidade. Mas você já reparou nas mudanças tecnológicas que ela também trouxe?
Durante a pandemia, diversos setores passaram por revisões, modificações e avanços, e a tecnologia foi o segmento que entrou em ritmo mais acelerado, a fim de contribuir com os médicos e facilitar a rotina.
Ferramentas para identificar doenças, criar novos tratamentos e melhorar a qualidade dos atendimentos surgiram e ainda hoje, um ano após o início da pandemia no Brasil, continuam sendo usadas pelos profissionais da área da saúde. Confira:
TELEMEDICINA
Entre essas atividades, a telemedicina é uma das que ganhou mais destaque recentemente. Esse tipo de atendimento não era permitido no Brasil, mas com a Covid-19, passou a ser liberado.
Mesmo se tratando de uma atividade provisória, muitos especialistas acreditam que a liberação acontecerá após e fará parte da rotina dos médicos após a pandemia.
Esse tipo de atividade é mais eficiente quando o médico tem conhecimento do histórico do paciente e necessita apenas checar as evoluções do seu quadro.
Em casos emergenciais, como o da pandemia ou quando não tem a possibilidade do deslocamento do paciente para o hospital, esse atendimento mostra sua importância.
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO
Outra atividade que ganhou destaque, após o início da pandemia, é o prontuário eletrônico. O prontuário nada mais é do que um documento que reúne várias informações sobre a saúde de um paciente.
As principais vantagens para a utilização deste software é a praticidade no uso, a diminuição do fluxo de pessoas dentro dos consultórios, além da colaboração com o meio ambiente, pois produzirá menos papéis e evita o deslocamento para a retirada de documentos. Isso ficará mais prático, sendo enviado por e-mail ao paciente ou algum responsável.
MARKETING MÉDICO
Como todos sabemos, o mundo inteiro está passando por uma pandemia e ainda que os primeiros países atingidos pelo vírus já estejam em uma fase de contaminação muito reduzida, e com a possibilidade de começar a voltar ao normal, outras potências, como os Estados Unidos e o próprio Brasil, ainda estão a caminho do pico da doença.
Este é um momento em que é necessário o distanciamento social e quando voltamos para o setor médico, além do fato de que o atendimento médico é uma atividade essencial, e, alguns tratamentos e acompanhamentos não podem ser paralisados.
E é aí que entra a importância do marketing médico, tanto para garantir a proteção de pacientes e funcionários, quanto para cuidar da imagem e saúde financeira da clínica e/ou consultório.
Neste momento, utilizar todos os canais de comunicação é essencial para gerar visibilidade e facilitar o acompanhamento dos pacientes desde o primeiro contato ao pós-atendimento.
Redes sociais, emails marketing, WhatsApp, entre outros, são ferramentas que podem ser exploradas com frequência, a fim de fidelizar pacientes, promover a visibilidade e melhorar o relacionamento.
Todas essas ações e ferramentas de utilização devem fazer parte das estratégias utilizadas no marketing médico.
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Especialidades médicas que podem ganhar destaque após a pandemia
A Covid-19 mudou o cotidiano de empresas e profissionais de diversos setores. Com a rotina médicos na pandemia não foi diferente, mas a mudança foi mais drástica. Leitos lotados, equipamentos de proteção individual em falta, baixo estoque de oxigênio, agravamento de casos e aumento no número de mortes.
Os médicos estão tendo um papel fundamental na prevenção e tratamento dos impactos causados pela Covid-19. Especialidades como a Infectologia, Medicina Intensiva, Epidemiologia e Pneumologia tiveram foram importantíssimas para que o número de curados fosse maior do que o de óbitos.
Com a presença na linha de frente e importância no combate ao vírus, essas especialidades podem ganhar destaque após a pandemia. Saiba um pouco mais sobre o papel de cada uma delas no enfrentamento do vírus.
Infectologia
A Covid-19 foi causada por um vírus, por isso não poderíamos deixar de começar com essa especialidade. A infectologia estuda vírus, bactérias, fungos e parasitas e sua relação com o corpo humano.
Além disso, o especialista possui conhecimento fundamental sobre aumento da resistência microbiana, qual o melhor tratamento da infecção e são de extrema importância para o tratamento de epidemias, como dengue, febre amarela, Influenza H1N1, AIDs, entre outros.
Alguns médicos infectologistas se aprofundam em temas específicos, como: hepatites, infecções hospitalares, infecção em transplantados, e diagnóstico laboratorial.
Medicina Intensiva
Desde o início da pandemia, as salas de UTIs estão em constante movimentação. Diariamente entram pacientes com agravamento na saúde por conta da Covid-19.
Além disso, os leitos hospitalares muitas vezes não possuem materiais suficientes para fazer a intubação e contam com a falta de galões de oxigênio e outros materiais necessários para um tratamento eficaz.
De acordo com dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), existem cerca de 6.500 médicos intensivistas que podem atuar no combate à Covid19 no Brasil, equivalente a 1,7% das especialidades médicas.
Para ter o título de intensivista, é necessário passar por duas residências, além dos seis anos de graduação em medicina. Por conta da pouca quantidade de profissionais, os que estão atuando nas UTIs ficam sobrecarregados.
Apesar de ser uma área nova no país, o número de especialistas é considerado baixo, porém, com a importância e atuação direta na pandemia, a tendência é que ela cresça.
Epidemiologia
Esta especialidade tem muita importância em doenças que atingem várias pessoas, como o caso da Covid-19. O epidemiologista estuda as causas das doenças nas populações. Nesta especialidade, o paciente não é o indivíduo principal de análise e sim, uma parte de toda a comunidade.
São eles que investigam os motivos, os meios de controle, as pessoas que estão em risco e o método para que a propagação diminua e que, também, não aconteça novamente.
Pneumologia
O pneumologista cuida do funcionamento do sistema respiratório e doenças relacionadas a ele. A Covid-19 comprometeu, de maneira mais intensa, a área do pulmão e foi determinante para as mortes.
O vírus inicia uma inflamação nos alvéolos (pequenos sacos de ar que ficam dentro do pulmão). Esses alvéolos são responsáveis pela troca gasosa, ou seja, eles levam o oxigênio para o sangue.
Quando os alvéolos ficam inflamados, esses sacos de ar são preenchidos com líquidos, o que prejudica a troca gasosa. Dessa forma, o sangue não recebe oxigênio suficiente e não elimina o gás carbônico (que é tóxico em grandes quantidades). Isso tudo causa a falta de ar que a maioria dos infectados queixam-se.
Nessa fase de contágio, o organismo, principalmente o pulmão, fica fragilizado e, com isso, as chances de bactérias atacam o organismo aumentam. Assim, além da Covid-19, o paciente pode ter pneumonia.
Por isso, a presença de um especialista em pneumologia foi essencial nos cuidados de pessoas com a Covid-19.
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Como a MED contribui com você neste cenário?
Neste artigo, ficou claro quanto os fatores externos impactam na medicina. E como prejudicou não somente a rotina profissional, como interferiu e agravou a saúde mental dos profissionais da saúde.
Estar bem mental e fisicamente é fundamental para conseguir lidar com toda a rotina, demandas do hospital, urgências e outras tarefas do dia.
Uma maneira de melhorar isso é praticar exercícios físicos, estar em contato com os familiares e a natureza. Além de organizar a rotina, ter tempo para descanso e focar nos seus objetivos.
Se você é médico ou estudante de medicina, deve estar se perguntando: mas isso é possível? E a resposta é: SIM!
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