A Verdade Sobre a Discussão da Prova Revalida
Se você começou a pesquisar sobre a prova revalida, deve ter se deparado com as dificuldades da prova ou ainda terá que prestar e tem dúvidas a respeito.
A prova revalida é conhecida por seu grande nível de dificuldade. O Exame tem baixo índice de aprovação desde 2011, em sua primeira edição. Existe uma grande discussão a respeito e muitas pessoas têm dúvidas sobre o caráter da prova.
Se você quer acabar de vez com as dúvidas e entender tudo sobre essa grande discussão, continue lendo esse artigo e fique por dentro de todas as informações da prova revalida.
A DISCUSSÃO SOBRE A PROVA DO REVALIDA
Primeiramente, o curso de medicina no Brasil é caro, bastante concorrido e de longa duração. Por ser, na maioria das vezes, feito em período integral, impossibilita o estudante de trabalho durante o período de graduação.
Isso torna quase impossível para que pessoas de baixa renda consigam entrar no curso, mesmo com o auxílio de programas do Governo Federal, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fies, por exemplo.
Além disso, as instituições públicas – federais e estaduais – tem a concorrência ainda mais acirrada do que é visto nas universidades privadas, aumentando a dificuldade no ingresso no curso.
Desta forma, como opção, alguns estudantes saem do país para estudar, procurando países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Paraguai, por exemplo, onde o curso tem um valor mais em conta e a concorrência não é alta.
Entretanto, quando esses estudantes que fizeram fora do Brasil recebem seu diploma de medicina, precisam passar por mais um desafio para atuar no Brasil: ser aprovado no revalida.
Mas o que é o revalida?
A prova conhecida como Revalida, serve para validar o diploma obtido fora do território nacional e é ministrada desde 2011 pelo Ministério da Educação (MEC). A tendência é que no futuro deve ser o único método para obter o CRM.
Esse exame também é usado por médicos estrangeiros que queiram atuar no Brasil, devidamente formados em alguma instituição de fora do país. A ideia é que o diploma, por intermédio do desempenho na prova, tenha validação para a atuação em território nacional.
Em alguns casos, a Revalida também é buscada para poder se especializar em alguma universidade brasileira, visto que o médico precisa tirar o CRM para participar dos cursos.
O problema é que o exame apresenta dados preocupantes, isso desde de sua primeira edição. Quando a prova aconteceu em 2011, dos mais de 600 inscritos, apenas 65 foram aprovados, equivalente a 9,60% do total de candidatos.
No ano seguinte, a segunda edição do Revalida teve mais inscritos, aproximadamente 800, mas somente 8% conseguiram passar. Atualmente o exame tem apresentado uma melhora de aprovação, mas ainda é algo bem abaixo do esperado.
QUAL O PROBLEMA COM A PROVA?
A prova para revalidação do diploma era, anteriormente, oferecida por instituições públicas, caso da Universidade de São Paulo, que ainda é escolhida como polo para receber os candidatos e ministrar o exame, mas passou por uma reestruturação para se tornar o que hoje conhecemos como Revalida.
A Revalida também é conhecida como Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos. Esse novo modelo foi criado como uma forma de unificar as provas de validação, que até 2011 não tinham um padrão comum.
Entretanto, o MEC vem remodelando a prova revalida a cada nova edição, que deixa em dúvida se a prova é realmente justa ou feita apenas para reprovar os recém-graduados.
A ideia do Ministério era adotar um sistema uniforme, que é aplicado de igual para todos. Mesmo com a padronização, nos primeiros anos do exame o índice de aprovação era muito inferior, o que deixava os candidatos duvidando do método.
Porém há quem acredite no exame, afirmando que ele é um meio ideal para os médicos que desejam atuar por aqui, muito do índice favorável vem justamente dos profissionais. Entretanto, mesmo crendo que a Revalida é uma prova justa, eles ainda a consideram muito difícil.
A PROVA REVALIDA É DIFÍCIL
A grande reclamação de quem presta o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, é que a prova é muito difícil. Alguns dizem até que ela é feita exatamente para isso, a reprovação em massa dos candidatos.
Como é apontado, o exame é extenso, da mesma forma como ocorre com as provas de residência médica. Os candidatos costumam relatar que não há uma coerência com a grade curricular do exterior, priorizando apenas a brasileira.
Essa afirmação é bastante contestada pelas entidades médicas brasileiras, que defendem o concurso. Na visão deles, o exame apresenta questões básicas que são vivenciadas no dia-a-dia da profissão.
No caso, por serem atividades da rotina médica, as entidades acreditam que os recém-formados devessem saber, já que estudaram para isso.
Como forma de avaliar essa situação, o MEC abriu a possibilidade de estudantes do último ano de medicina, que estudem em universidades brasileiras, possam participar do concurso.
Essa será uma maneira de contestar a afirmação de vários estudantes que saíram frustrados na avaliação, mostrando que a Revalida é desenvolvida com base na vivência médica do dia-a-dia, baseando-se no que os profissionais aprendem durante o curso de medicina.
Assim, será possível analisar se a grade curricular é semelhante ao que está sendo apresentado no exame.
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NÚMEROS COMPROVAM OS RESULTADOS
Se na primeira edição do concurso apenas 65 médicos conseguiram revalidar seus diplomas, os índices futuros não apresentaram grandes melhoras. O número de inscritos, lógico, subiu, mas a quantidade de profissionais aprovados sempre mostrou uma porcentagem baixa.
Por outro lado, os exames realizados para a avaliação de estudantes recém-formados por universidades nacionais, também apresentam números preocupantes.
O exame do Conselho Regional de Medicina em São Paulo, reprovou quase metade dos participantes em 2011, mesmo ano que o Ministério da Educação trouxe a primeira edição da Revalida como método unificado para avaliar os profissionais, assim dando o direito dos aprovados de atuar no país, resultado este que já havia se repetido em avaliações anteriores feitas pelo órgão.
A questão que fica no ar é se a grade curricular brasileira é falha, e desta forma acaba prejudicando o conteúdo dos exames, ou se as provas são realmente feitas para dificultar a aprovação dos médicos.
A PROVA REVALIDA NOS DIAS DE HOJE
Seis anos após a primeira edição, a Revalida ainda é questionada por estudantes e profissionais da área.
A prova é obrigatória para credenciar os diplomas estrangeiros. Em 2017, cerca de 55% dos recém-formados foram reprovados no exame em São Paulo, um índice desfavorável conforme os anos anteriores.
O numero de aprovados aumentou, porém, a quantidade de candidatos que se inscreveram também teve um crescimento. No ano anterior foram mais de seis mil inscritos, quando em 2011 foram cerca de 1,6 mil candidatos, mais de 900 deles brasileiros.
O índice de aprovação também foi subindo, mas isso tem relação ao aumento dos candidatos.
Em 2015, o primeiro recorde da Revalida, foram mais de 3,3 candidatos, com 42,15% aprovados. Na primeira edição, pouco mais de 12% conseguiram revalidar o diploma, equivalente a 65 candidatos.
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