Especialista em Alergia e Imunologia, você pode ser um!
Especialista em Alergia e Imunologia, você sabe sobre?
De acordo com o artigo “What is an allergist?” publicado na Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia:
“As principais características que definem um alergista são a apreciação da importância dos desencadeantes externos que causam a doença e o conhecimento de como identificar e tratar essas doenças, juntamente com a experiência nas terapias imunológicas e fármacos apropriados. Essa conduta no diagnóstico e na terapia é, portanto, um valor essencial do especialista em alergia, e destaca, então, o alergista entre muitos especialistas cujas bases de pacientes podem sobrepor-se com a especialidade. Os alergistas também são, portanto, imunologistas clínicos especializados, devido à base imunológica das doenças que diagnosticam e tratam.”
No entanto, o número de pacientes, portanto, com doenças alérgicas vem aumentando significativamente no Brasil e no mundo.
Afetando, portanto, mais de 20% da população brasileira.
Para se ter uma ideia, cerca de 3000 pessoas morrem por asma a cada ano no Brasil.
Desse modo, para muitos pacientes com asma e doenças alérgicas, ser assistido por um médico alergista-imunologista pode ajudá-los mais no manejo da doença e na prevenção, portanto, de morbidade e mortalidade.
Assim, apesar da importância crescente, no Brasil ainda existem pouquíssimos centros que oferecem a residência nessa especialidade.
Estando concentrados principalmente no Estado de São Paulo, em Universidades como USP e UNICAMP.
Você conhece a especialidade médica de Alergia e Imunologia?
Pois é, essa especialidade é um ramo relativamente recente na história da Medicina, embora várias doenças alérgicas tenham sido descritas desde a Antiguidade, como a asma e a alergia alimentar.
Desse modo, a compreensão da fisiopatologia das doenças imuno-alérgicas através da identificação de novos padrões moleculares e das suas funções teve uma contribuição fundamental para o entendimento dos mecanismos envolvidos na gênese.
Assim como, na identificação de novos fenótipos e endótipos, no desencadeamento e na manutenção das doenças alérgicas.
Desta forma, novos métodos terapêuticos como as novas drogas biológicas e novas formas de imunoterapia, propiciam, portanto, um manejo mais eficaz das mesmas.
No campo da imunologia, o entendimento dos genes responsáveis pelas alterações cromossômicas que levam ao aparecimento das imunodeficiências abre, então, perspectivas de novas terapias gênicas.
Dessa forma, elas quando somadas às terapêuticas já existentes, como a utilização de imunoglobulinas e a realização de transplantes de medulas, oferecem, então, aos especialistas um maior controle e, em alguns casos, até mesmo a cura destas doenças.
Desafios e oportunidades na área
Na opinião de Flávio Sano, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), os médicos que atuam nesta especialidade devem cultivar sempre o interesse científico.
E assim, a busca pelo conhecimento e a atualização constante, uma vez que a área vive em constantes mudanças, novidades e novas perspectivas terapêuticas.
Entretanto, não adianta ter conhecimento científico se o especialista não conseguir utilizar na prática por dificuldade de acesso.
Vários aspectos indicam que a especialidade tem um enorme potencial de crescimento, ampliação do escopo de atuação e, então, valorização pela comunidade médica e sociedade.
Dentre estes, destacam-se o impacto epidemiológico das doenças alérgicas, o amplo espectro das doenças alérgicas e desordens imunológicas, a evolução no conhecimento dos mecanismos de desordens alérgicas e imunodeficiências.
Bem como, a identificação de novos alvos terapêuticos, o desenvolvimento dos imunobiológicos e as diversas interfaces da especialidade.
Essa especialidade tem interface com a pneumologia, dermatologia, otorrinolaringologia, reumatologia, gastroenterologia, infectologia e hematologia.
Além disso, o especialista em alergia-imunologia é um profissional que pode atuar em diferentes níveis de atenção médica, bem como em ações de prevenção e promoção à saúde, além de pesquisas clínicas.
Tempo para ser Especialista em Alergia e Imunologia
O programa de residência nessa especialidade tem duração de 2 anos e de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), tem como pré-requisito a residência prévia em Clínica Médica e/ou Pediatria.
Como o próprio nome já diz, o especialista em alergia e imunologia é, portanto, o médico treinado especificamente para cuidar dos pacientes com doenças alérgicas.
Assim como para realização e interpretação de testes e, portanto, procedimentos diagnósticos e terapêuticos para esses pacientes.
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As atividades e objetivos da Residência Médica são:
Assim, as áreas de treinamento básico são: asma, rinite, alergia cutânea, reações adversas a drogas, reações a venenos de insetos, imunodeficiências primárias e secundárias (AIDS e desnutrição), autoimunidade, incluindo: imunogenética, imunoterapia, vacinas.
Assim, unidade de treinamento: ambulatório, enfermaria e laboratório de provas especiais (provas “invivo”).
Estágios obrigatórios: laboratório abrangendo imunologia, citologia nasal, realização e interpretação de testes imediatos e tardios, preparo de extratos alergênicos, realização e interpretação de provas de função pulmonar, identificação e contagem de alérgenos (ácaros, fungos e pólens).
E também, testes de provocação com drogas e alimentos, provas de provocação brônquica e nasal, indicação e avaliação de imunoterapia, dessensibilização por drogas, noções fisioterápicas e de reabilitação do asmático.
Por fim, estágios opcionais: Dermatologia, Pneumologia, Otorrinolaringologia, Infectologia, Hematologia, Reumatologia e Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
Conquistas da ASBAI
No entanto, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia conta, então, com 1.500 sócios adimplentes.
Portanto, entre as maiores conquistas da ASBAI estão:
- Promoção da educação médica continuada e da difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia;
- Na sequênicia, fortalecimento do exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada;
- Depois, divulgação da importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências para toda a sociedade;
- Ainda, realização de eventos presenciais e à distância;
- Por fim, elaboração de consensos e guias nas diversas áreas de nossa especialidade, tendo o objetivo de ser a referência científica no Brasil.
Desse modo, aproveite e assista ao vídeo sobre as dificuldades na residência médica:
Quer saber mais ou precisa de ajuda com sua aprovação na Residência Médica?