Especialidade médica em Acupuntura pode ser sua escolha!
Você conhece sobre a Especialidade médica em Acupuntura?
Você que é estudante de medicina ou médico formado já deve ter decidido sobre qual especialidade médica quer seguir.
Ou ainda tenha algumas dúvidas sobre o assunto.
Sabemos que essa decisão tem que ser tomada com muita certeza, já que ela determinará a carreira que você irá seguir no futuro.
Claro que diante de um cenário com mais de 50 especialidades espalhadas pelo mundo.
Se você ainda está em dúvida é muito importante que conheça uma a uma, lendo sobre elas, conversando com especialistas, ou seja, se inteirando.
Nesse artigo vamos trazer um pouco sobre esse universo. Se você quer saber continue lendo.
Continue lendo para saber mais sobre a especialidade médica em Acupuntura.
Quando o assunto é acupuntura, pensa-se em uma medicina alternativa e complementar que serve de terapia para o corpo.
No Brasil, não é necessário fazer Medicina para se tornar acupunturista.
A especialidade médica em Acupuntura é recomendada pela OMS para o tratamento de 200 doenças e sintomas.
Requer muita delicadeza e amor ao que faz, já que o salário médio está longe de outras especialidades médicas mais famosas.
Vamos lá!
1) O que é a especialidade médica em Acupuntura?
Originária da China, a Acupuntura é um método terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas na superfície corporal para tratar doenças e promover a saúde.
No entanto, ela é reconhecida como especialidade médica desde 1995 pelo Conselho Federal de Medicina.
Graças às pesquisas científicas realizadas nos últimos 50 anos, tanto na China como no Ocidente, os efeitos da Acupuntura vêm sendo desvendados.
Seu mecanismo de ação, portanto, tem sido demonstrado à luz da ciência atual com a descrição de bases fisiológicas.
Sendo assim, a inserção da agulha de Acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele, nos tecidos subjacentes e nos músculos.
Portanto, a “mensagem” gerada por esses estímulos segue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro).
Assim liberando neurotransmissores e desencadeando efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxante muscular.
Além de ter uma ação moduladora sobre as emoções, sobre os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde a recomendação é que use a Acupuntura para mais de 200 doenças e sintomas.
São eles: lombalgia, cefaleias, enxaquecas, náuseas e vômitos, rinite alérgica, depressão e ansiedade, efeitos colaterais da quimioterapia, etc.
Assim sendo, os únicos profissionais de saúde do país que, por lei, detêm o direito de diagnosticar doenças.
Além de prescrever medicamentos e realizar procedimentos invasivos, são os médicos, os cirurgiões-dentistas e os médicos veterinários.
Assim, o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA) defende que a prática da Acupuntura, no Brasil, seja realizada por estes profissionais.
Muito mais que medicina alternativa, a Acupuntura, então, ocupa um lugar de terapia complementar aos tratamentos convencionais.
De modo que a razão legal para a recomendação do CMBA é simples e objetiva:
A Acupuntura constitui-se em uma especialidade terapêutica que executa manejo clínico de pacientes.
Por isso, é necessário que o profissional esteja técnico e cientificamente preparado, e legalmente autorizado a:
- Realizar anamnese e exame físico do paciente e solicitar exames complementares de natureza diversa com a finalidade de, sabendo analisar e interpretar adequadamente as informações originárias destes três, elaborar diagnóstico nosológico;
- A partir do diagnóstico nosológico, estabelecer o prognóstico para as diversas abordagens terapêuticas aventáveis para determinada situação patológica;
- A partir do prognóstico, prescrever os tratamentos mais apropriados e efetivos, sejam de natureza farmacológica ou cirúrgico-invasiva, estabelecendo quais seriam o tratamento principal, ou mesmo único, e os tratamentos complementares;
- Executar tratamento invasivo.
No país
No Brasil, a Acupuntura é uma especialidade médica regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina.
Nela, médicos especializados na área cumprem um extenso programa de Educação Médica em Acupuntura.
Eles são submetidos a uma validação de Título de Especialista em Acupuntura (TEAC), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo CMBA.
A formação do médico acupunturista é feita em período de dois ou três anos, como pós-graduação ou residência.
E envolve o conhecimento de princípios básicos da filosofia chinesa, da medicina tradicional.
O estudo da localização dos pontos de acupuntura e o reconhecimento das várias síndromes clínicas com etiologia, fisiopatologia e tratamento.
Tudo baseado na medicina tradicional chinesa: a teoria da medicina oriental descreve uma energia vital.
Ela é denominada chi (pronuncia-se “qui”), que circula no corpo por 12 rotas, chamadas de meridianos.
A enfermidade ocorre quando o fluxo de chi no corpo é perturbado ou não está em equilíbrio.
A Acupuntura utiliza agulhas para estimular pontos anatômicos ao longo dos meridianos para promover o fluxo adequado de chi.
E, assim, tratar doenças e promover saúde.
Existem muitos estilos e são praticados como parte dos milhares de anos de antigas tradições médicas da China, do Japão, da Coreia e de outros países.
Além de descrever a estrutura e a função do órgão em si, a denominação de cada meridiano também reflete uma função energética mais ampla na Medicina Tradicional Chinesa.
2) Como é o dia a dia da especialidade médica em Acupuntura?
Os profissionais treinados em medicina oriental realizam anamnese, observação e exame físico abrangentes e multi sistêmicos durante a consulta inicial.
O exame, contudo, consiste fundamentalmente de inspeção da língua para avaliar cor, formato e revestimento.
E verificação da pulsação ao longo do punho, em três locais, nos dois braços, para avaliar sua qualidade, ritmo e força.
Na acupuntura clássica, cada paciente é encarado como tendo uma constelação singular de sinais e sintomas.
Os profissionais, portanto, também realizarão um exame convencional ocidental e incluirão componentes variáveis da abordagem de medicina oriental, dependendo da profundidade do treinamento do indivíduo.
Uma vez que cada paciente recebe um diagnostico baseado na Medicina Tradicional Chinesa, para tratar um mesmo sintoma clínico, ele pode receber uma combinação diferente de pontos.
Após a anamnese e o exame físico, o acupunturista prescreve a combinação de pontos e inicia a aplicação das agulhas.
Utiliza agulhas estéreis de aço inoxidável e a orientação do CMBA é de que sejam todas de uso único, descartáveis.
O tempo de permanência das agulhas varia para cada caso e, em geral, o tempo total de tratamento não ultrapassa 45 minutos.
Pode-se utilizar outras técnicas além da agulha, como ventosas e moxabustão.
É comum que um tratamento consista em visitas semanais ou duas vezes por semana durante 4 a 10 semanas.
Seguidas, então, por visitas menos frequentes à medida que o paciente melhora.
3) Oportunidades de trabalho:
Uma vez reconhecida como especialidade médica, a Acupuntura é praticada em consultórios e clínicas privadas e é obrigatoriamente oferecida aos beneficiários de planos de saúde.
Apesar de a prática já ser reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há 27 anos, o maior acesso ao tratamento só veio com a implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em 2006.
No Rio de Janeiro, algumas unidades da SMS oferecem o tratamento gratuitamente, apesar de o atendimento ainda ser muito limitado em comparação com a demanda.
4) Número de especialistas:
No momento, temos aproximadamente 3.200 acupunturista registrados pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura.
Leia também: Especialidade médica saiba sobre e escolha a sua
5) Curiosidades da especialidade médica em Acupuntura:
– Os primeiros registros sobre a técnica são do livro chinês Nei Jing, mas não se sabe ao certo quando ele foi publicado; acredita-se que tenha sido por volta de 200 a.C.
– A acupuntura é utilizada na China há mais de 2500 anos.
O estímulo nos pontos de Acupuntura não era originalmente feito com agulhas de aço inoxidável, mas sim com instrumentos de pedra, bambu ou ossos.
– A espessura de uma agulha de Acupuntura é de 2 fios de cabelo humano.
– O tratamento com Acupuntura pode, então, ajudar a minimizar bastante a necessidade de medicamentos de uso contínuo em diversas patologias, como dores crônicas e depressão.
– Conta-se como fato verdadeiro o episódio vivido por certo general chinês que, numa batalha contra os invasores mongóis, foi ferido no calcanhar por uma flecha inimiga.
A flechada não o matou e, mais tarde, dessa forma, ele verificou haver diminuído ou desaparecido a lombalgia da qual sofria.
Segundo a lenda, a acupuntura chinesa teria nascido a partir dessa flechada.
– A Acupuntura ganhou fama mundial após o presidente americano Richard Nixon visitar a China em 1972.
Isso, então, aconteceu quando um repórter que acompanhava a comitiva teve diagnóstico de apendicite e foi anestesiado por acupunturistas chineses e operado.
Assim, ele relatou também o positivo efeito nas suas dores pós-operatórias.
A cirurgia, filmada, então, provocou verdadeiro espanto não só entre os membros da comitiva, como nos Estados Unidos em geral.
– A teoria por trás da prática da Acupuntura divide o corpo em pontos (os acupontos), que estão dispostos ao longo de meridianos que se estendem pelo corpo.
Os pontos representam áreas onde existe intensa atividade nervosa.
Os meridianos, por sua vez, representam as redes interligadas que cobrem o corpo com seus acupontos.
Ao todo, são cerca de 361 pontos e 14 meridianos principais.
6) Especialidades correlacionadas:
A especialidade médica em Acupuntura tem indicações precisas como método preferencial ou complementar.
Veja os exemplos citados:
- Ginecologia: tensão pré-menstrual, dor menstrual, cefaleia menstrual, infertilidade, hemorragia uterina disfuncional
- Neurologia: cefaleia, neuralgia o trigêmeo, paralisia facial, sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), dor neuropática.
- Psiquiatria: depressão, ansiedade generalizada, pânico.
- Gastroenterologia: síndrome do intestino irritável, gastrite, úlcera péptica, constipação.
- Reumatologia: fibromialgia, artrite reumatoide, Lúpus Eritematoso Sistêmico.
- Pneumologia: asma brônquica.
- Otorrinolaringologia: rinite, sinusite.
- Fisiatria: síndrome dolorosa miofascial.
Por fim, o ensino da Acupuntura como especialidade não é feito dentro da grade curricular das faculdades de medicina.
Assim é importante, portanto, para o estudante ter uma boa formação clínica visto que o acupunturista recebe pacientes com as mais diversas queixas e nem sempre com diagnóstico ocidental definido.
Entretanto, é preciso, dessa forma, sempre ter em mente que a Acupuntura é uma terapia complementar.
Bom senso acima de tudo vai orientar o acupunturista a avaliar cada paciente para atingir sucesso no tratamento.
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